Cajuí, planta de pequeno porte repleta de propriedades medicinais

Também conhecido como cajuzinho-do-mato e caju-do-cerrado, o cajuí é uma planta típica do sudeste e do centro-oeste do Brasil. Embora não tão famoso como o caju, o Anacardium humile é uma espécie que vem chamando a atenção pelos benefícios que traz à saúde de quem o consome e, também,  pelo seu sabor, que é bem mais adocicado em comparação ao caju tradicional.

Cajuí (foto: https://pirenopolis.tur.br/meioambiente/herbariodigital/Anacardiaceae/Anacardium/humile)

Conheça a espécie

Assim como seu nome popular sugere, o cajuzinho-do-mato é uma espécie de menor porte, cuja parte aérea chega a medir cerca de 1 metro de altura. Já sua porção subterrânea, como uma típica planta de cerrado, é bem profunda e ramificada para melhor absorção de nutrientes e de água,  podendo chegar a vários metros.

Com folhas pequenas e coriáceas, que chamam a atenção por seus tons mais claros, o cajuí apresenta inflorescências do tipo cacho, cujas flores são rosadas e melíferas, de modo que atraem diversas espécies de abelhas, que a utilizam como fonte de néctar para a produção de mel. Além disso, essa espécie lembra o caju por apresentar um pseudofruto, ou seja, uma porção diferente da flor, sem ser o ovário, que se desenvolveu e originou o que chamamos de “fruto”. Desse modo, o cajuí é um pseudofruto originado do pedúnculo floral, que é encontrado maduro principalmente no mês de agosto.

Contudo, o cajuzinho-do-mato apresenta pseudofrutos muito avermelhados e pequenos, que se tornaram mais conhecidos por seu sabor mais adocicado, o que fez com que essa espécie ocupasse um maior espaço na culinária de Brasília e de outras grandes cidades do Centro-Oeste, principalmente em receitas doces.

Cajuzinho-do-mato (foto: Maurício Mercadante – https://www.flickr.com/photos/mercadanteweb/21758439838)

Utilização e propriedades terapêuticas do Cajuí

Além da sua utilização na gastronomia para a elaboração de diversas receitas, o cajuí também é muito utilizado na medicina popular na forma de chás (infusão ou decocção) ou sucos; sendo as partes mais usadas os frutos, folhas ou casca do caule. Desse modo, o chá de suas folhas é bastante recomendado para o tratamento de diarreias; ao passo que o suco possui propriedades antissifilíticas, sendo uma opção de fonte de vitaminas do complexo B e vitamina C, e de uma pequena porção de proteínas.

Além disso, o óleo do pseudofruto é bastante utilizado por sua propriedade de cauterizar algumas afecções na pele; embora o óleo de sua castanha, quando verde, seja capaz de gerar manchas permanentes na pele, merecendo certo cuidado ao ser manuseada. Mas, vale ressaltar também que o óleo da castanha também possui propriedades muito importantes, tais como antisséptica e cicatrizante.

Assim como toda planta utilizada para fins medicinais, seu uso não substitui o acompanhamento médico, que sempre deve ser procurado em caso de enfermidades.

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