Ipê-branco, uma das árvores mais elegantes do Brasil

O ipê-branco (Tabebuia roseo-alba) é uma planta da família Bignoniaceae, conhecida por sua floração exuberante que chama a atenção dos mais atentos. Essa planta tipicamente brasileira, tem seu nome originário do tupi-guarani; sendo muito bem descrita como árvore de casca grossa, haja vista sua maior ocorrência em áreas de cerrado. Embora seja uma espécie nativa, de maior ocorrência em estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, também pode ser encontrada em outros países da América do Sul.

Descrição da espécie

O ipê-branco é uma espécie da família Bignoniaceae, dentro da qual encontram-se as demais espécies de ipês, e a espatódea, por exemplo. Desse modo, caracteriza-se por ser uma eudicotiledônea de porte arbóreo, que pode alcançar até 16 metros de altura. Suas raízes são do tipo axial, e bastante profundas para promover a sustentação da planta como um todo, além de garantir melhor absorção de água e de nutrientes.

Como seu próprio nome sugere, é uma árvore que possui a casca bastante grossa, e caule do tipo tronco, cujo diâmetro mede cerca de 50 centímetros. Suas folhas são compostas, trifolioladas, com uma coloração que varia entre o verde, até tons mais azulados. Todavia, o que realmente chama a atenção nessa espécie são suas belas e elegantes flores; as quais são reunidas em inflorescências terminais, possuem coloração branca, com guias de néctar mais amareladas para auxiliar seus polinizadores, como abelhas e beija-flores.

Seus frutos caracterizam-se por serem frutos secos, do tipo cápsula, que se abrem ainda no pé. Com isso, há a liberação de sementes aladas, extremamente leves, e que podem ser dispersas facilmente através do vento; fenômeno denominado de anemocoria.

Ipê-branco (foto: Ângela Quinelato – www.coisasdaroca.com)

Cultivo e utilização do Ipê-branco

Sua propagação pode ser realizada tanto por sementes, quanto através de mudas; de modo que a germinação das sementes ocorre em até 20 dias, e em torno de 4 meses, a muda está pronta para ser transplantada ao seu local definitivo. Assim como os demais ipês, se desenvolve muito bem em áreas ensolaradas, e com solo não tão fértil.

Sua floração normalmente ocorre quando a planta já tem uma idade superior a 3 anos, e ocorre principalmente ao final do inverno e início da primavera; quando perde totalmente as folhas. Ressalta-se que sua floração pode ser vista por um período muito curto, de 2 a 3 dias; quando perde todas as flores de novo. Sendo assim, ao ver um ipê-branco florido, prepare uma boa câmera para garantir as fotos.

Embora seu uso seja em grande parte ornamental, uma vez que complemente paisagens de parques, avenidas e praças, essa planta também possui aplicações terapêuticas. Estudos realizados pela Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, indicam que o ipê-branco possui propriedades anti-inflamatórias e anti-hiperuricêmica (contribui para a redução das taxas de ácido úrico). Com isso, pesquisas vêm sendo realizadas com o objetivo de utilizar essa planta para o tratamento de diversas enfermidades, como a gota.

Ipê-branco (foto: Ângela Quinelato – www.coisasdaroca.com)

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