Tipiti de madeira muito contribuiu para a produção de farinha de mandioca, que é um dos produtos do gênero alimentício mais consumidos no País. Ela está ali, em todos os mercados do Brasil, pronta para consumo. Mas, como era produção da farinha de mandioca antes do desenvolvimento de equipamentos usados atualmente pelas indústrias?
Muito provavelmente, muitos leitores já viram, presencialmente ou por meio de algum documentário; a produção da farinha de mandioca de forma artesanal; ainda hoje muito comum nas regiões interioranas de Minas Gerais e, principalmente, nos estados do Nordeste.
Conheça o Tipiti de madeira
O tipiti, feito em madeira, é um instrumento bastante raro de ser ver atualmente. Contudo, no século XIX e até pouco mais da metade do século XX; praticamente toda fazenda possuía pelo menos um desses objetos. Era nele que a mandioca era prensada para produção do polvilho e da farinha da mandioca.
O tipiti em madeira é feito por 2 peças de madeira fincadas no chão, em pé, paralelas uma com a outra. Entre elas, coloca-se o cocho. Este possui a parede do fundo, a parede da frente e a parede de trás com orifícios (por onde escorre o caldo da mandioca ralada). Sobre o cocho vai uma prensa que, como o próprio nome diz; tem a função de prensar a mandioca ralada. Na cobertura do tipiti, são colocadas duas ripas (uma de cada lado), onde as pessoas fazem força para que a prensa esmague a mandioca.
Como funciona o tipiti em madeira?
A mandioca ralada é acondicionada dentro do cocho e, sobre ela, coloca-se uma tábua que servirá de ponto de apoio da prensa. Sob ele, coloca-se uma vasilha, uma bacia por exemplo para recolher o líquido que extravasa do cocho. Duas pessoas, uma de cada lado, começam a rodar a prensa. À medida que a mandioca vai sendo esmagada dentro do cocho, vai saindo um caldo pelos buraquinhos existentes nas tábuas que formam o cocho. Esse líquido é recolhido pela bacia que se encontra no chão.
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Quero meu Ebook!Após prensar o material até que não mais saia líquido, o eixo da prensa é levantado e retira-se a tábua que estava sobre a mandioca ralada. Esta mandioca, agora, vai para a secagem e dará origem à farinha de mandioca.
O líquido coletado na bacia é deixado para decantar (em repouso) por algum tempo. Quando a água estiver bem clara, nota-se uma massa branca, fininha, no fundo da bacia. Escorre-se a água e essa massa é posta para secar. O produto, é um finíssimo polvilho de mandioca, empregado na elaboração de biscoitos, cremes e bolos.
Na região Norte do Brasil é muito comum encontrar o tipiti feito em palha de palmeira. Com formato de um tubo oco, com duas alças nas extremidades; o artefato é facilmente encontrado no Mercado Ver-o-peso, em Belém, é encontrado de diversos tamanhos e tem a mesma função do tipiti em madeira.
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