A agricultura convencional é a modalidade de manejo agrícola dominante no Brasil e no mundo, desde a chamada Revolução Verde do final dos anos 1960, quando ocorre a introdução de novas tecnologias, incluindo novas variedades de grãos (especialmente trigo e arroz), introdução de agroquímicos (fertilizantes e agrotóxicos), novos métodos de irrigação e mecanização do campo.
Esse modelo de agricultura visa a produção em larga escala, com baixo custo e alta lucratividade, atendendo às demandas do mercado interno e externo. Porém, ele também é responsável por diversos problemas ambientais e sociais, como a degradação do solo, a contaminação da água, a perda da biodiversidade, a concentração fundiária, o êxodo rural, a dependência dos pequenos produtores e os riscos à saúde humana e animal.
Características da agricultura convencional
A agricultura convencional possui algumas características que a diferenciam de outros modelos de manejo agrícola, como a agricultura orgânica, a agroecologia, a agricultura familiar e a agricultura tradicional. As principais características da agricultura convencional são:
- Uso de máquinas e implementos agrícolas: a agricultura convencional se baseia na larga mecanização dos processos, desde o preparo do solo até a colheita, reduzindo a necessidade de mão de obra e aumentando a produtividade. Porém, isso também implica em um maior consumo de combustíveis fósseis, uma maior compactação do solo e uma maior emissão de gases de efeito estufa.
- Uso de plantas modificadas geneticamente: esse tipo de agricultura utiliza sementes transgênicas, ou seja, que foram alteradas em laboratório para terem características desejáveis, como maior resistência a pragas, doenças, herbicidas e estresse hídrico. Porém, isso também implica em uma maior dependência dos produtores em relação às empresas que detêm as patentes das sementes, uma maior homogeneização genética das culturas e uma maior incerteza sobre os efeitos a longo prazo dos transgênicos na saúde e no ambiente.
- Uso de agroquímicos: há também o uso de fertilizantes sintéticos, pesticidas, herbicidas e hormônios para garantir o crescimento e a proteção das plantas. Porém, isso também implica em uma maior contaminação do solo, da água e dos alimentos, uma maior perda de nutrientes e de matéria orgânica do solo, uma maior resistência das pragas e das ervas daninhas e uma maior exposição dos trabalhadores e dos consumidores a substâncias tóxicas.
- Monocultura: a agricultura convencional se baseia na produção de uma única cultura em grandes extensões de terra, aproveitando as condições climáticas, de solo e de mercado favoráveis. Porém, isso também implica em uma maior vulnerabilidade a variações climáticas, a pragas e a doenças, uma maior degradação do solo, uma maior perda da biodiversidade e uma menor diversificação da renda dos produtores.
- Irrigação: ela utiliza sistemas de irrigação para suprir a demanda hídrica das plantas, especialmente em regiões de clima seco ou com irregularidade pluviométrica. Porém, isso também implica em um maior consumo de água, uma maior salinização do solo, uma maior erosão e uma maior competição pelo recurso hídrico com outros usos, como o abastecimento humano e animal.
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Impactos
A agricultura convencional, apesar de ser o modelo que mais atende as demandas econômicas do mercado de alta produção com redução de custos e maximização dos lucros, é responsável por inúmeros impactos negativos, tanto no âmbito ambiental quanto no âmbito social. Alguns desses impactos são:
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Quero meu Ebook!- Impactos ambientais: esse tipo de agricultura provoca a degradação do solo, pela perda de nutrientes, de matéria orgânica, de biodiversidade, de estrutura e de fertilidade; a contaminação da água, pelo escoamento e pela lixiviação de agroquímicos, de sedimentos e de nutrientes; a perda da biodiversidade, pela eliminação da vegetação nativa, pela homogeneização genética das culturas, pela redução dos habitats e pela morte de organismos benéficos; a emissão de gases de efeito estufa, pela queima de combustíveis fósseis, pela decomposição de matéria orgânica, pela liberação de óxido nitroso pelos fertilizantes e pela mudança no uso da terra; e a redução dos serviços ecossistêmicos, como a polinização, o controle biológico, a ciclagem de nutrientes, a regulação climática e a proteção do solo.
- Impactos sociais: a agricultura convencional provoca a concentração fundiária, pela apropriação de terras por grandes latifundiários e empresas multinacionais, pela expulsão de pequenos produtores e de populações tradicionais e pela especulação imobiliária; o êxodo rural, pela redução da mão de obra no campo, pela falta de oportunidades e de infraestrutura nas áreas rurais e pela migração para as áreas urbanas em busca de melhores condições de vida; a dependência dos pequenos produtores, pela necessidade de adquirir insumos, sementes, crédito e assistência técnica de empresas e instituições que controlam o mercado agrícola; os riscos à saúde humana e animal, pela exposição e pela ingestão de agroquímicos, de transgênicos e de hormônios, que podem causar alergias, intoxicações, câncer, infertilidade, malformações e outras doenças; e a perda da soberania e da segurança alimentar, pela redução da diversidade e da qualidade dos alimentos, pela dependência de importações e exportações e pela vulnerabilidade a crises econômicas e climáticas.
Diante desses impactos, é necessário repensar o modelo de agricultura convencional e buscar alternativas mais sustentáveis, que respeitem o equilíbrio ecológico, a diversidade cultural, a justiça social e o direito humano à alimentação adequada.
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