A Cuca, de acordo com a lenda, é uma bruxa velha com aparência assustadora, que possui cabeça de jacaré e unhas imensas; além de possuir uma voz assustadora e ter o hábito de raptar as crianças desobedientes.

Ainda como reza a lenda, a bruxa dorme somente uma vez a cada sete anos; por isso, os pais tentam convencer as crianças a dormirem nas horas corretas pois, do contrário, serão levadas pela Cuca.

Quando a bruxa fica brava dá um berro assustador, que pode ser ouvido a mais de dez léguas de distância, o que apavorava as crianças.

Descrição

A Cuca é um enorme jacaré, de cabelos loiros, com unhas enormes e fazia poções em um grande caldeirão, que também servia como uma grande bola de cristal, para visualizar suas presas e inimigos. Ela tinha o poder de aparecer onde quisesse, de forma a raptar sua vítima.

Origem

Não há origem definida, mas acredita-se que a Lenda da Cuca tenha origem no folclore galego-português, baseada na criatura “Coca”, que significa “crânio, cabeça”.

Ela chegou no Brasil ainda no período colonial; e por muitos anos foi contada às crianças; e posteriormente  adaptada para a televisão, que a difundiu no folclore brasileiro.

A “Coca” é um fantasma ou um dragão comedor de crianças desobedientes, que fica à espreita nos telhados das casas, com o objetivo de raptá-las após fazerem alguma malcriação.

No Brasil, a figura da Cuca está associada à descrição feita por Monteiro Lobato (1882-1948) na obra literária “Sítio do Pica Pau Amarelo”, que foi adaptada e transmitida pela rede Globo. A história se popularizou e apavorou muitas crianças, que assistiam aos episódios da obra.

A lenda também está presente na arte brasileira, pois a modernista Tarsila do Amaral (1886-1973) produziu em 1924, uma obra baseada nessa personagem, que atualmente está exposta no Museu de Grenoble, na França.