O Brasil abriga uma rica diversidade de espécies de abelhas, com mais de 1.500 tipos catalogados, muitas delas nativas e exclusivas de regiões tropicais. Elas desempenham um papel fundamental na polinização das plantas, contribuindo diretamente para a produção de alimentos e o equilíbrio dos ecossistemas.
Entre as abelhas brasileiras, há uma variedade de espécies com diferentes tamanhos, cores, comportamentos sociais e hábitos alimentares. Algumas vivem em colônias organizadas, enquanto outras preferem vida solitária. Muitas delas são conhecidas por não possuírem ferrão, o que as torna ainda mais curiosas para estudos e manejo.
Principais tipos de abelhas do Brasil
Abelha africanizada (Apis mellifera)
A abelha africanizada é a mais conhecida entre as abelhas com ferrão no Brasil. Essa espécie surgiu do cruzamento entre a abelha europeia e a abelha africana trazida para o país em 1956. Com o tempo, adaptou-se muito bem ao clima tropical, espalhando-se rapidamente por todo o território nacional.
Elas são muito utilizadas na apicultura comercial devido à sua alta produtividade na produção de mel, própolis e cera. Apesar disso, possuem comportamento defensivo mais agressivo, exigindo manejo cuidadoso. Vivem em colônias numerosas, geralmente em colmeias artificiais ou troncos ocos.
Abelha jataí (Tetragonisca angustula)
A jataí é uma das abelhas sem ferrão mais conhecidas no Brasil. Pequena, de coloração dourada e extremamente dócil, é muito comum em áreas urbanas e rurais. Por não possuírem ferrão, essas abelhas são ideais para criação em quintais e jardins, inclusive em ambientes escolares.
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Quero meu Ebook!Elas produzem um mel de sabor suave, considerado medicinal e de alto valor comercial. Suas colônias são formadas em ocos de árvores, muros e estruturas protegidas. A jataí tem grande importância ecológica por atuar na polinização de flores nativas e hortas urbanas.

Abelha uruçu (Melipona scutellaris)
A uruçu é uma das maiores abelhas sem ferrão do Brasil. Encontra-se principalmente no Nordeste, onde é considerada símbolo cultural e produtiva. Possui corpo escuro com detalhes amarelados e vive em colônias com milhares de indivíduos.
O mel da uruçu é conhecido por sua alta qualidade e propriedades terapêuticas. A espécie possui grande valor ecológico, sendo essencial na polinização de espécies vegetais da Caatinga e da Mata Atlântica. Sua criação é tradicional em várias comunidades rurais nordestinas.
Abelha tiúba (Melipona compressipes)
Com forte presença na região Norte e em parte do Nordeste, a tiúba é uma abelha sem ferrão robusta e altamente adaptada ao clima quente. Vive em árvores ocas, paredes e estruturas abandonadas, formando colônias densas e organizadas.
Seu mel é muito valorizado e possui propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas. A tiúba também é importante para a polinização de cultivos agrícolas e florestas tropicais. É uma das preferidas dos meliponicultores amazônicos pela produtividade e resistência.
Abelha mirim (Plebeia spp.)
As abelhas mirins englobam diversas espécies do gênero Plebeia. São abelhas pequenas, de cores discretas, e estão espalhadas por todo o território nacional. Algumas apresentam comportamento solitário, enquanto outras vivem em colônias organizadas.
Embora produzam pequena quantidade de mel, têm grande importância ecológica, sendo polinizadoras eficazes de hortas, pomares e plantas nativas. Por serem extremamente dóceis, são ideais para manejo em ambientes urbanos e educativos, promovendo a conservação ambiental e a educação ecológica.
Abelha mandaçaia (Melipona quadrifasciata)
A mandaçaia é outra espécie de abelha sem ferrão bastante conhecida no Brasil, especialmente na região Sudeste. Possui corpo robusto e listras amarelas, sendo fácil de identificar. Seu nome tem origem indígena e significa “vigia bonita”.
Essas abelhas constroem colmeias em troncos ou estruturas de madeira e produzem um mel muito apreciado, com sabor marcante. São dóceis, mas apresentam comportamento protetor da colônia. A mandaçaia é valorizada na meliponicultura e está presente em projetos de educação ambiental.

Abelha bugia (Scaptotrigona spp.)
A bugia é uma abelha sem ferrão de porte médio, muito comum em regiões tropicais e subtropicais do Brasil. Sua coloração escura e comportamento agitado são características marcantes. Vive em ocos de árvores ou caixas iscas adaptadas.
Produz um mel forte, com sabor mais ácido e consistência menos viscosa. A bugia é extremamente ativa na polinização de culturas agrícolas, especialmente hortaliças e frutíferas. Por seu comportamento defensivo, requer cuidado no manejo, embora não possua ferrão.
Abelha canudo (Scaptotrigona bipunctata)
Conhecida popularmente como canudo, essa espécie é típica de áreas do cerrado e da Mata Atlântica. Forma colônias médias, com entradas tubulares de barro que lembram pequenos canudos, de onde vem seu nome popular.
Seu mel é utilizado na medicina popular e é conhecido por sua acidez característica. A abelha canudo é valorizada na meliponicultura sustentável, pois tem boa adaptação ao clima e contribui para a regeneração natural de florestas e áreas de cultivo.
Abelha marmelada (Frieseomelitta varia)
A abelha marmelada recebe esse nome devido à coloração amarelada e aparência brilhante. Vive em colônias menores, geralmente em locais protegidos como frestas de muros ou raízes de árvores.
Apesar de não ser uma grande produtora de mel, sua contribuição para o equilíbrio ecológico e a manutenção da biodiversidade é essencial. Essas abelhas são observadas com frequência em regiões mais quentes e são indicadas para projetos de recuperação ambiental.
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