Coruja-orelhuda, uma das corujas mais diferentes do Brasil

Uma das corujas mais diferentes existentes no território brasileiro é a coruja-orelhuda, também chamada de coruja-gato ou coruja-listrada; cujo nome científico é Asio clamator.

Distribuída em todo o território brasileiro, essa espécie é encontrada em locais desde o nível do mar, até regiões montanhosas, sendo bastante frequente na Mata Atlântica e no Cerrado.

Coruja-orelhuda (imagem: Natalia SO - Getty Images)

Coruja-orelhuda (imagem: Natalia SO – Getty Images)

Características da espécie

Assim como a coruja-buraqueira e as demais espécies de coruja, a coruja-orelhuda é uma ave que faz parte da ordem zoológica Strigiformes, onde estão classificadas as aves de rapina com um grande pavilhão auditivo, que permite a melhor captação de sons, tanto de presas, quanto de predadores.

Por ser uma ave de rapina, possui um bico bastante afiado, e garras bem pontiagudas que são responsáveis tanto por segurar a presa; quanto por rasgar a pele desta.

Considerada uma coruja de médio porte, essa espécie chega a cerca de 40 centímetros de comprimento, podendo pesar até pouco mais de meio quilo. De coloração predominantemente marrom, a coruja-orelhuda também apresenta alguns tons de bege, e uma região ventral na cor creme. Além disso, possui face branca, com borda preta e íris escuras; além de dois pequenos “tufos” no alto da cabeça, que se assemelham a orelhas, o que garante o nome popular da espécie.

Coruja-gato (imagem: Wagner Machado Carlos - Flickr)

Coruja-gato (imagem: Wagner Machado Carlos – Flickr)

Hábitos da coruja-orelhuda

Ativa principalmente entre o crepúsculo e a noite, a coruja-orelhuda também possui atividade diurna quando necessário; sendo relativamente silenciosa, uma vez que seu canto lembra um grito bem fino, parecendo um assobio.

Assim como as demais aves de rapina, trata-se de uma espécie carnívora, que se alimenta principalmente de roedores, embora também possa se alimentar de morcegos, répteis, pequenas aves, e ocasionalmente, insetos. Sua caça é feita de forma exata, uma vez que espera em um poleiro, e, ao avistar a presa, se lança em um voo certeiro para alcançá-la.

No que se refere a sua reprodução, a coruja-gato se reproduz entre maio e agosto, ou até dezembro em certas regiões brasileiras; fazendo seus ninhos tanto em ocos de árvores, quanto em regiões rasteiras, ou até mesmo no solo. Para o acasalamento, o macho deve apresentar um presente para a fêmea, que normalmente é uma presa; e após a cópula, há a postura de uma média de 3 ovos.

Estes, serão incubados por cerca de 33 dias pela fêmea, que é alimentada durante todo o período por seu parceiro. Após esse tempo, os filhotes nascem, e são alimentados exclusivamente pela fêmea por um período, e, logo após, por ambos os pais. São capazes de voar após 1 mês e meio, e após 4 meses, são expulsos do território por seus pais.

Vale ressaltar também que a coruja-orelhuda é bem adaptada à vida urbana, sendo encontrada em postes de iluminação, ou nos telhados das casas; utilizando-se da luz artificial para auxiliar em suas caças.

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