Mão-pelada, considerado o único guaxinim habitante do Brasil

Um dos mamíferos mais peculiares que habitam o Brasil é o mão-pelada, também conhecido como guaxinim e jaracambeva; assim como aqueles bichinhos famosos dos filmes americanos. A espécie Procyon cancrivorus, pode ser encontrada em toda a América Latina, passando pela Costa Rica, e chegando até o Uruguai.

Conheça a espécie

O mão-pelada, assim como o lobo-guará e a irara, faz parte do grande grupo zoológico dos mamíferos; sendo um dos representantes da ordem Carnivora, que como o próprio nome sugere, se refere aos animais que se alimentam principalmente da carne de outros animais.

Mas, o que chama a atenção dos olhares mais curiosos é sua similaridade com os guaxinins tão conhecidos e representados nos filmes; os quais são seus parentes bem próximos, inclusive. Desse modo, o mão pelada apresenta uma coloração bem acinzentada, e que por vezes possui tons mais castanhos; com uma típica máscara negra, que se localiza ao redor de seus olhos.

Mas, uma das características que mais distinguem esse animal de outras espécies é o fato de suas patas dianteiras (suas “mãos”), terem pelos bem curtos e dedos longos; e por isso ele recebe esse nome popular. Além disso, possui em torno de 1 metro de comprimento, desde o focinho, até a ponta de sua cauda.

Procyon cancrivorous (imagem: Mariordo – Mario Roberto Durán Ortiz – Wikimedia)

Hábitos do Mão-pelada

De hábito predominantemente noturno, essa espécie ocorre principalmente em áreas de florestas próximas a cursos d’água; o que a caracteriza como boa nadadora e escaladora. Além disso, no que se refere a sua alimentação, esta é composta tanto de vertebrados, como aves, mamíferos e répteis; quanto de pequenos crustáceos, insetos e até mesmo pequenos frutos.

O que se sabe sobre sua reprodução é que compreende uma gestação que dura em média 2 meses, da qual são gerados de 1 a 2 filhotes. Após o nascimento, a fêmea é responsável por cuidar dos filhotes, mantendo-os em ocos de árvores até atingirem a idade de 7 a 9 semanas; momento em que podem auxiliar a mãe na caçada, e, a partir das 12 semanas de idade, já abandonam o ninho.

Ainda não se sabe muito sobre seus comportamentos e sua ecologia, mas sabe-se que possuem um sistema tátil muito bem desenvolvido, e que é alvo de estudos na área de comportamento animal.

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