Mãe-da-lua-gigante, ave discreta e extremamente curiosa

A mãe-da-lua-gigante (Nyctibius grandis), também conhecido como urutau-gigante, é uma das aves que mais desperta atenção à noite nas roças brasileiras. Seu nome científico possui origem grega e descreve muito bem essa ave misteriosa, tendo o significado de “pássaro grande que se alimenta à noite.”

Nyctibius grandis – (foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:M%C3%A3e-da-lua-gigante_(Nyctibius_grandis).jpg)

Descrição da espécie

O urutau-gigante não recebe esse nome popular em vão. E isso se deve ao fato de essa ave ser a maior representante da família Nyctibiidae; que compreende as diversas espécies de urutaus. Com um comprimento que pode chegar a cerca de 60 centímetros, e um peso médio que pode girar em torno de 600 gramas; a mãe-da-lua-gigante também se destaca pela grande envergadura de asas, que chega a 1 metro.

Assim como as demais espécies da família, se caracteriza pela presença de uma cabeça achatada e relativamente larga; que contrasta com seus olhos, que são bem grandes. Além disso, suas penas, principalmente as retrizes e rêmiges, se caracterizam por serem bem longas, contribuindo assim para a melhor camuflagem desse animal sobre galhos e troncos de árvores. Todavia, o urutau-gigante se difere dos demais pela sua coloração, que é mais esbranquiçada na região do ventre, com tons de cinza na região das asas, e por seu som extremamente grave.

Mãe-da-lua-gigante (foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Great_Potoo_(Nyctibius_grandis).jpg)

Hábitos da mãe-da-lua-gigante

A mãe-da-lua-gigante é uma ave frequentemente encontrada do México até a Bolívia; e no Brasil pode ser visualizada nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste, principalmente em matas, nas regiões do cerrado e da caatinga. Possui hábito crepuscular e noturno, o que faz com que seja um animal muito relacionado a lendas da zona rural; haja vista que seu som extremamente grave e bizarro gera um certo medo em quem está na mata à noite.

Quanto à alimentação, o urutau-gigante é insetívoro, de modo que se alimenta principalmente de insetos ainda durante o voo, como os besouros; embora registros indiquem que há predação também de morcegos. Já no que se refere à reprodução, a espécie não apresenta dimorfismo sexual, e apresenta uma relação monogâmica. Desse modo, além de apresentarem somente um parceiro reprodutivo, só há a postura de um ovo por estação reprodutiva, do qual nasce um filhote dentro de 30 dias. Vale ressaltar também que há cuidado parental, visto que os filhotes são nidícolas, e permanecem na companhia dos pais por um período de 2 meses aproximadamente.

Essa espécie também possui um hábito muito desenvolvido de se camuflar nas árvores em que os indivíduos estão pousados; uma vez que levantam um pouco o pescoço, e com ajuda de sua coloração, passam despercebidos por predadores, e também por nós, seres humanos extremamente curiosos.

Urutau-gigante (foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Great_Potoo_(Nyctibius_grandis)_(4505556712).jpg)

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