A raiz da araruta armazena uma grande amido, que pode ser extraído para fazer um polvilho de excelente qualidade e que pode ser empregado para fazer bolos e brevidades.

Como fazer o polvilho da araruta: 

• Depois de arrancar as raízes (isso deve ser feito quando as folhas começam a secar, o que indica que as raízes já estão completamente cheias de amido), elas devem ser expostas ao sol para secar um pouco. Assim, fica fácil para remover as escamas que a protegem.
  

  Araruta descascada – Foto: Evandro Marques – Site Coisas da Roça

• Uma vez limpas, as raízes devem ser lavadas;
• A próxima etapa é a trituração das raízes. Em épocas mais remotas, cada raiz era ralada em um ralo, manualmente. Hoje, o processo pode ser feito em picadeiras ou processadores.
• Coloca-se um pouco da pasta em um pano fino e adiciona-se um pouco de água. Uma pessoa vai mexendo essa mistura (o pano deve ficar semelhante a uma sacola) para que o polvilho desça com a água. Enquanto estiver descendo uma água esbranquiçada, é sinal de que ainda há polvilho na pasta. Após a filtração para retirada do polvilho, sobra uma massa fibrosa, que pode ser usada como esterco.

• Deixa-se a água com o polvilho em repouso (uma decantação). Dessa forma, o polvilho assenta no fundo da vasilha (normalmente, uma bacia).
• Com muito cuidado, vai retirando aquela água que fica por cima da massa branca (deve-se evitar ao máximo a agitação do recipiente, porque o polvilho mistura facilmente com a água novamente).
• Essa massa branca restante, que é o polvilho, deve ser colocada ao sol para secar.
• Depois de seco, com auxílio de uma peneira bem fininha, coa-se o polvilho. É comum a formação de grãos que precisam de ser amassados (com auxílio de um litro de vidro, por exemplo) para que sobre somente o pó branco, finíssimo! Agora, é só armazenar em um vidro e usar para a produção das delícias.

É uma atividade que dá muito trabalho!

 

Conheça mais sobre a araruta neste link.