O própolis verde é uma substância natural produzida pelas abelhas a partir de resinas vegetais, principalmente do alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia), planta típica do Sudeste brasileiro. Esse tipo específico de própolis é considerado o mais nobre e potente entre as variedades existentes no mundo, sendo reconhecido internacionalmente por suas propriedades farmacológicas.

O produto é resultado da interação entre as abelhas e a biodiversidade da flora nativa, com destaque para a vegetação do interior de Minas Gerais e partes de São Paulo. Sua coloração verde vibrante, aroma característico e composição rica em flavonoides, artepilina C e ácidos fenólicos o tornam um aliado valioso na prevenção e no tratamento de diversos problemas de saúde.

Origem e composição do própolis verde

O própolis verde tem origem quase exclusiva no Brasil devido à presença abundante do alecrim-do-campo, planta que cresce espontaneamente em áreas de cerrado e campos rupestres. As abelhas coletam a resina dessa planta e a misturam com secreções próprias, formando um composto com funções protetoras dentro da colmeia.

Entre os principais componentes do própolis verde estão a artepilina C, os flavonoides, os ácidos fenólicos e os terpenos, responsáveis por suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antibacterianas e imunomoduladoras. A presença da artepilina C, exclusiva da variedade verde, é o que diferencia esse tipo de própolis das demais versões encontradas no mercado.

Fortalecimento do sistema imunológico

Um dos maiores benefícios do própolis verde é seu efeito imunomodulador. Ele estimula as células de defesa do organismo, como os linfócitos T e macrófagos, aumentando a resistência contra infecções virais, bacterianas e fúngicas. É amplamente utilizado por pessoas que desejam melhorar a imunidade de forma natural.

O consumo regular pode auxiliar na prevenção de gripes, resfriados, infecções de garganta e sinusite. Em períodos de baixa imunidade, como mudanças de estação ou recuperação de doenças, o própolis verde atua como reforço natural, ajudando o organismo a reagir com mais eficiência aos agentes invasores.

Ação anti-inflamatória e antioxidante

Graças à presença de flavonoides e ácidos fenólicos, o própolis verde possui propriedades anti-inflamatórias potentes. Ele atua na redução de mediadores inflamatórios, sendo indicado no alívio de dores de garganta, gengivites, aftas e inflamações respiratórias.

Além disso, os compostos antioxidantes ajudam a neutralizar os radicais livres, moléculas instáveis que causam danos celulares e estão associadas ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento de doenças crônicas. Por isso, o própolis verde também é visto como um protetor celular natural.

Auxílio na saúde bucal e respiratória

O uso do própolis verde como enxaguante bucal é muito comum, devido à sua capacidade de combater bactérias e inflamações na mucosa oral. Ele age de forma eficaz no controle da placa bacteriana, prevenindo cáries, gengivite e mau hálito. Também pode ser aplicado diretamente em aftas e lesões na boca, acelerando a cicatrização.

No trato respiratório, o própolis verde ajuda a aliviar sintomas de tosse, dor de garganta e irritações nas vias aéreas. Pode ser utilizado como suplemento durante quadros de bronquite, rinite e asma leve, sempre com acompanhamento profissional. É uma opção natural para manter as vias respiratórias protegidas, especialmente em ambientes secos ou poluídos.

Potencial anticancerígeno estudado

Pesquisas científicas têm investigado os efeitos da artepilina C, principal composto ativo do própolis verde, na inibição da multiplicação de células tumorais. Estudos in vitro demonstraram que essa substância pode induzir a apoptose (morte programada) de células cancerígenas, especialmente em casos de câncer de mama, próstata e pele.

Embora ainda sejam necessários mais estudos clínicos em humanos, os resultados são promissores e indicam que o própolis verde pode atuar como coadjuvante em tratamentos oncológicos. Seu uso não substitui terapias convencionais, mas pode ser incorporado como estratégia complementar, desde que autorizado por um profissional de saúde.

Auxílio na digestão e saúde intestinal

Outro benefício notável do própolis verde está relacionado ao equilíbrio da microbiota intestinal. Suas propriedades antibacterianas atuam de forma seletiva, combatendo microrganismos nocivos sem eliminar as bactérias benéficas. Isso contribui para o bom funcionamento do intestino e fortalecimento do sistema digestivo.

Além disso, ele pode ajudar a reduzir inflamações gastrointestinais, como gastrite e refluxo, e aliviar desconfortos como gases e sensação de inchaço. O consumo regular do extrato de própolis verde pode ser um aliado para quem busca saúde intestinal equilibrada e proteção contra agentes patogênicos.

Formas de uso e dosagem recomendada

O própolis verde pode ser encontrado em diversas formas: extrato alcoólico, extrato aquoso, cápsulas, sprays, balas, sabonetes e cosméticos. A escolha da forma ideal depende do objetivo e das restrições de cada pessoa. Crianças, gestantes e indivíduos com sensibilidade ao álcool devem optar pelas versões aquosas ou em cápsulas.

A dosagem geralmente varia entre 10 a 30 gotas por dia, diluídas em água, suco ou mel, no caso do extrato. No entanto, o ideal é sempre seguir a orientação de um profissional da saúde ou do rótulo do fabricante. O uso tópico, como no caso de enxágues bucais ou aplicação em feridas, deve ser feito com o produto específico para essa finalidade.

Considerações sobre segurança e alergias

Embora o própolis verde seja um produto natural, é importante lembrar que ele pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis a produtos apícolas. Os sintomas mais comuns incluem coceira na garganta, irritação na pele e dificuldade para respirar. Ao primeiro sinal de reação adversa, o uso deve ser suspenso imediatamente.

O consumo em excesso também deve ser evitado, pois doses elevadas podem sobrecarregar o fígado e causar efeitos indesejados. Sempre que possível, opte por produtos certificados e de origem confiável, que garantam a pureza e a concentração adequada dos compostos ativos.