O Cubu, é uma quitanda herdada da mistura de culturas, pois o Brasil foi colonizado pelos portugueses; mas recebeu contribuições culturais de vários povos, principalmente os africanos e indígenas.

Preparo

O cubu é uma espécie de broa de fubá, cuja massa é muito ressecada, geralmente assada em panela, sobre as brasas do fogão à lenha, além de colocar sobre a tampa da panela, outro tanto de brasas.

A massa preparada com fubá, açúcar, ovos, banha de porco, erva doce e bicarbonato, era embrulhada em folha de bananeira, para ser assada no forno e servida diariamente, como forma de lanche. Uma receita simples e acessível nas roças brasileiras até meados do século XX.

Origem da quitanda

A quitanda é uma mistura de sabores e conhecimentos entre escravos negros, índios e portugueses. A iguaria ficou muito enraizada em Minas Gerais, mas é conhecida também na região nordeste.

Os portugueses, quando chegaram ao Brasil, trouxeram consigo um paladar refinado em bolos, biscoitos e doces; mas havia a necessidade de importar os insumos para a fabricação das iguarias.

A farinha de trigo foi substituída pelos derivados da mandioca e do milho; as amêndoas pelo amendoim; e os frutos europeus pelos frutos tropicais, principalmente o coco.

Os índios contribuíram com a técnica de fabricação das farinhas de mandioca e de milho, porém elas foram aprimoradas pelos colonizadores. As escravas ajudaram na adaptação, junto às senhoras portuguesas, do vasto cardápio de bolos e doces portugueses, que foram mesclados  com os ingredientes nacionais e importados.

Resgate

Com a criação de várias cidades e com a propagação de feiras e restaurantes, as quitandas saíram da preparação artesanal para a industrial.

O costume de reunir as mulheres na cozinha para preparação de iguarias ficou para trás. Com o objetivo de resgatar tal costume, a cidade mineira de Congonhas tem organizado o Festival de Quitandas, que reúne e divulga uma gama de iguarias para os moradores e visitantes; além de divulgar a cidade e suas histórias.