A antracnose na soja é uma das doenças fúngicas mais comuns e prejudiciais à cultura, especialmente em regiões com clima quente e úmido. Causada principalmente pelo fungo Colletotrichum truncatum, a doença pode afetar diversas partes da planta em diferentes estágios do ciclo produtivo.
Quando não controlada corretamente, a antracnose compromete o desenvolvimento da planta, reduz a produtividade e pode causar perdas significativas no rendimento final da colheita. O agricultor que deseja garantir a sanidade de sua lavoura precisa estar atento aos sinais iniciais e adotar práticas de manejo adequadas.
O que é a antracnose na soja?
A antracnose é uma doença causada por fungos do gênero Colletotrichum, sendo o Colletotrichum truncatum o principal agente da doença em cultivares de soja no Brasil. Este patógeno ataca principalmente os tecidos jovens da planta, como folhas, vagens, caules e pecíolos, prejudicando a formação de grãos e o desenvolvimento da cultura.
O fungo se dissemina facilmente por respingos de chuva, vento, sementes contaminadas e até mesmo pelo contato entre plantas. A infecção ocorre com maior intensidade em ambientes úmidos e quentes, sendo mais comum em áreas de plantio direto ou com alta densidade populacional.
Sintomas visíveis da antracnose na soja
Os primeiros sinais da antracnose são discretos e podem passar despercebidos em inspeções visuais rápidas. O sintoma mais característico é a formação de lesões escuras, alongadas e deprimidas nos caules e pecíolos. Essas lesões apresentam bordas irregulares e, com o tempo, podem evoluir para necrose dos tecidos atingidos.
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Quero meu Ebook!Outro sinal importante ocorre nas vagens, que podem apresentar manchas negras com pontos de esporulação fúngica. Essas áreas afetadas comprometem a formação e o enchimento dos grãos, resultando em grãos malformados, murchos ou até mesmo ausentes. Em infecções severas, pode haver queda prematura de folhas e vagens.
Fatores que favorecem a ocorrência da antracnose
O desenvolvimento da antracnose na lavoura está diretamente relacionado às condições climáticas. Ambientes com alta umidade relativa do ar, chuvas frequentes e temperaturas entre 25 °C e 30 °C criam o cenário ideal para a proliferação do fungo. A presença de plantas hospedeiras e o uso de sementes infectadas também contribuem para o aumento da incidência.
Outro fator de risco é o plantio sucessivo de soja na mesma área, o que favorece o acúmulo de inóculo no solo e nos restos culturais. Lavouras com adensamento excessivo dificultam a circulação de ar e a penetração de luz solar, elevando a umidade no dossel e criando um microclima propício à infecção.
Estratégias de controle e manejo da antracnose
O controle da antracnose na soja deve ser feito de forma integrada, combinando medidas preventivas, culturais, químicas e, quando possível, o uso de cultivares com maior resistência. Uma das ações mais eficazes é a utilização de sementes sadias e tratadas com fungicidas, garantindo a sanidade inicial da lavoura.
A rotação de culturas também é recomendada, especialmente com espécies não hospedeiras, como milho ou sorgo. Essa prática reduz a população de esporos no solo e interrompe o ciclo do patógeno. A eliminação de restos culturais e a descompactação do solo favorecem o controle do fungo entre safras.
Uso de fungicidas no tratamento da lavoura
O uso de produtos fungicidas é uma das principais ferramentas para o controle da antracnose, especialmente em regiões com histórico da doença. A aplicação deve ser feita de forma preventiva ou nos estágios iniciais da infecção, respeitando as recomendações técnicas para o produto e o estádio da planta.
É importante escolher fungicidas com ação sistêmica e protetora, que garantam cobertura eficiente mesmo em condições de chuvas após a aplicação. Alternar princípios ativos com diferentes mecanismos de ação ajuda a evitar a seleção de linhagens resistentes do fungo.
Monitoramento e diagnóstico na lavoura
Fazer um acompanhamento constante da lavoura é essencial para identificar precocemente os sintomas da antracnose. A inspeção deve ocorrer principalmente nas partes inferiores das plantas e nas bordas do talhão, onde a umidade tende a ser maior e a doença pode surgir primeiro.
O diagnóstico precoce permite que o produtor tome decisões rápidas e evite o avanço da infecção. Em caso de dúvida, é possível enviar amostras para laboratórios de fitopatologia especializados, que confirmarão a presença do patógeno por meio de análises técnicas.
Cuidados durante e após o cultivo
Mesmo após a colheita, é importante adotar práticas que reduzam o potencial de infestação na safra seguinte. O manejo correto dos restos culturais, a limpeza de máquinas agrícolas e a destruição de plantas guaxas (voluntárias) são medidas que diminuem a presença do fungo na área.
Manter registros detalhados de ocorrência da doença e das estratégias adotadas também auxilia na definição de ações futuras. Planejar o cultivo com base em dados reais ajuda o agricultor a reduzir riscos e otimizar o uso de insumos nas safras seguintes.
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