As plantas carnívoras são plantas que se alimentam de insetos e outros animais, além de realizarem a fotossíntese. Elas possuem mecanismos especiais para capturar e digerir suas presas, como folhas modificadas em forma de armadilhas.
As plantas carnívoras são fascinantes e podem ser cultivadas em casa, mas exigem alguns cuidados específicos. Neste texto, você vai aprender mais sobre as características, os tipos e o cultivo das plantas carnívoras.
Características gerais das plantas carnívoras
As plantas carnívoras são plantas que se adaptaram a viver em ambientes pobres em nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, como solos ácidos, encharcados ou rochosos. Para suprir essa deficiência, elas desenvolveram a capacidade de se alimentar de insetos e outros animais, que fornecem esses elementos essenciais para o seu metabolismo. As plantas carnívoras são capazes de produzir substâncias que atraem, capturam e digerem suas presas, como néctar, enzimas e ácidos.
Elas são classificadas em cerca de 12 famílias botânicas, que reúnem mais de 600 espécie, podendo ser encontradas em todos os continentes, exceto na Antártica, mas são mais comuns nas regiões tropicais e subtropicais, onde há maior diversidade e abundância de insetos. As plantas carnívoras variam em tamanho, forma e cor, mas geralmente são pequenas e herbáceas, não ultrapassando 15 cm de altura. Algumas espécies podem produzir flores vistosas e perfumadas, que contrastam com as armadilhas.
Tipos de plantas carnívoras
As plantas carnívoras podem ser classificadas de acordo com o tipo de armadilha que utilizam para capturar suas presas. Existem cinco tipos principais de armadilhas, que são:
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Quero meu Ebook!- Armadilhas tipo “jaula” ou mordedoras: são formadas por duas metades de folhas que se fecham rapidamente quando um inseto toca em pelos sensíveis na superfície. Exemplos: Dionaea muscipula (Vênus papa-mosca) e Aldrovanda vesiculosa (pinça-d’água).
- Armadilhas de sucção, jarros ou urnas: são formadas por folhas tubulares ou em forma de jarro, que contêm um líquido digestivo no interior. Os insetos são atraídos pelo néctar ou pela cor da planta e caem no líquido, onde são dissolvidos. Exemplos: Nepenthes spp. (nepentes), Sarracenia spp. (sarracênias) e Cephalotus follicularis (planta-jarra-australiana).
- Armadilhas de folhas colantes: são formadas por folhas ou hastes que possuem glândulas que secretam uma substância pegajosa e brilhante, que atrai e prende os insetos. Exemplos: Drosera spp. (dróseras), Pinguicula spp. (pinguins) e Byblis spp. (byblis).
- Armadilhas do tipo ascídios: são formadas por folhas modificadas em forma de urnas ou taças, que acumulam água da chuva ou do orvalho. Os insetos são atraídos pelo aroma ou pela cor da planta e afundam na água, onde são digeridos por bactérias simbióticas. Exemplos: Sarracenia purpurea (planta-taça) e Heliamphora spp. (heliamphoras).
- Armadilhas do tipo armadilhas adesivas: são formadas por folhas que possuem pelos curvos e adesivos, que se enrolam em torno dos insetos que os tocam. Exemplos: Genlisea spp. (genliseas) e Utricularia spp. (utrículas).
Cultivo de plantas carnívoras
As plantas carnívoras podem ser cultivadas em casa, mas requerem alguns cuidados especiais para se desenvolverem bem. Veja a seguir algumas dicas de como cuidar de plantas carnívoras:
Escolha do vaso e do substrato
As plantas carnívoras precisam de vasos com boa drenagem, que evitem o acúmulo de água no fundo. Você pode usar vasos de plástico, cerâmica ou barro, desde que tenham furos na base.
O tamanho do vaso deve ser adequado ao tamanho da planta, sem ser muito grande nem muito pequeno. O substrato deve ser ácido e pobre em nutrientes, para imitar as condições naturais das plantas carnívoras. Você pode comprar um substrato específico para plantas carnívoras ou fazer o seu próprio, misturando turfa, areia e perlita.
Iluminação e temperatura
As plantas carnívoras precisam de muita luz solar para realizar a fotossíntese e produzir suas armadilhas. Elas devem receber pelo menos 5 horas de luz solar direta por dia, preferencialmente pela manhã ou no final da tarde. Evite expor as plantas ao sol forte do meio-dia, pois pode queimar as folhas.
Essas plantinhas também precisam de uma boa ventilação, para evitar o mofo e o apodrecimento. Não as coloque perto de outras plantas ou objetos que possam bloquear o ar. A temperatura ideal para as plantas carnívoras varia de acordo com a espécie, mas geralmente elas preferem ambientes quentes e úmidos, entre 15°C e 35°C.
Algumas espécies, como as sarracênias e as dróseras, precisam de um período de dormência no inverno, quando reduzem o seu metabolismo e perdem as folhas. Nesse caso, você deve diminuir a rega e a adubação e colocar as plantas em um local mais frio e escuro.
Rega e adubação
As plantas carnívoras não precisam de muita água, pois já vivem em solos úmidos. Você deve regar as plantas apenas quando o substrato estiver seco, sem encharcar. A frequência da rega depende do clima, da estação e da espécie, mas geralmente é de uma ou duas vezes por semana. Você deve usar água destilada, de chuva ou filtrada, pois a água da torneira pode conter cloro e outros químicos que podem prejudicar as plantas.
Você pode regar as plantas por cima ou por baixo, mas evite molhar as armadilhas, pois pode danificá-las. As plantas carnívoras não precisam de adubação, pois já obtêm os nutrientes necessários dos insetos que capturam; mas caso queira adubar, use um fertilizante orgânico e diluído, aplicando apenas nas folhas, nunca nas armadilhas. A adubação deve ser feita com moderação, uma vez por mês ou a cada dois meses, pois o excesso pode queimar as raízes e as folhas.
Alimentação
As plantas carnívoras se alimentam de insetos e outros animais, que complementam a sua dieta. Você pode fornecer insetos vivos ou mortos para as plantas, como moscas, formigas, grilos e minhocas. Você pode comprar os insetos em lojas de animais ou criá-los em casa.
Você deve alimentar as plantas apenas quando as armadilhas estiverem abertas e limpas, colocando um inseto por armadilha. Não alimente as plantas com carne, queijo ou outros alimentos humanos, pois podem apodrecer e causar doenças. A alimentação deve ser feita com moderação, uma vez por semana ou a cada duas semanas, pois o excesso pode cansar e enfraquecer as plantas.
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